ALPENHORN (TROMPA DOS ALPES). Trompa de madeira, de três a quatro metros de comprimento, usada pelos montanheses suíços para chamar o gado. Tem embocadura semelhante à do trompete e, como não possui válvulas, só pode tocar notas da série harmônica.
25 de nov. de 2007
Alpenhorn e o Arco Musical.
18 de nov. de 2007
Alaúde
Instrumento de cordas em que a mão direita dedilha a cordas ponteadas no braço pela mão esquerda. O alaúde tem o corpo em forma de pêra e as costas abauladas. O braço contém sete ou mais trastes, feitos de pedaços de tripa presos transversalmente. As cravelhas estão alojadas na pá das cravelhas, curvada para trás em ângulo reto com o braço. As cordas, também de tripla, estão dispostas em séries duplas: a afinação do alaúde quinhentista de tamanho comum é sol-dó-fá-lá-ré-sol (sendo a corda mais grave a de sol abaixo do dó central); os outros tamanhos mantêm essa afinação relativa. O antigo alaúde mesopotâmico data do ano 2000 a.C.; o árabe (al’ud) foi a forma em que o instrumento chegou à Europa, ou durante as Cruzadas ou através da conquista da península Ibérica pelos mouros. Os alaúdes medievais tinham usualmente quatro séries de cordas e eram beliscados com um plectro; seu corpo era menos profundo que o do al’ud árabe. No século XVI, o alaúde era popular como instrumento cortesão em toda a Europa (exceto na Espanha, onde suas posições musicais e sociais eram preenchidas pela vihuela). Nessa época, o alaúde apresentava-se usualmente com seis séries de cordas, isto é, um par de cordas para cada nota, em uníssono ou na oitava. O arquialaúde (ou alaúde baixo), desenvolvido no século XVI, tinha dois jogos de cravelhas, um afinado para as cordas ponteadas e outro afinado para certo número de cordas não-ponteadas do baixo. A tiorba é um alaúde baixo do século XVI com 14 cordas ponteadas e dez que não eram ponteadas, mas permitiam afinação pelas notas graves da harmonia. Em vez da pá de cravelhas angular do alaúde, a tiorba tinha as cravelhas alinhadas com o braço, permitindo, portanto, cordas mais extensas. Foi instrumento muito popular na Europa até finais do século XVIII. Outro alaúde baixo quinhentista foi o chitarrone, o qual, com seu braço exageradamente longo, podia atingir dois metros de altura; tinha oito pares de cordas ponteadas e oito cordas de bordão. No final do século XVI e durante todo o século XVII, o alaúde adquiriu mais cordas, ampliando os tons graves do instrumento; chitarrones de 11 e 13 séries eram comuns na França e na Alemanha, respectivamente. A necessária complexidade desses instrumentos e a popularidade do cravo acarretaram o declínio do alaúde no século XVIII. Alaúdes populares de vários formatos e dimensões têm sido usados em muitas partes do mundo; ainda são encontrados em países balcânicos e incluem o buzuki grego, de longo braço com trastes, o cobza romeno, de braço curto e sem trastes, e o tar turco, de braço longo e “cintura”, que tem trastes móveis de tripa. A balalaica russa e a bandurra espanhola são outros exemplos de alaúdes populares. Instrumentos similares têm sido feitos na Índia, no Japão e na China.
Adufe, Aerofone e Agogô
ADUFE. Espécie de pandeiro quadrado, de origem moura, sem os discos de metal, que se toca com os dedos e aparece no Brasil em manifestações folclóricas como as congadas, a folia de reis ou o fandango.
AEROFONE. Instrumento musical em que o som é produzido pela vibração de uma coluna de ar. Os aerofones incluem órgãos, instrumentos de palheta (harmônio, clarineta, oboé, fagote), instrumentos com embocadura em que a nota é produzida pelos lábios do executante (trompas, trompetes, trombones), instrumentos com orifícios de sopro (flauta transversa) ou bocais (flauta doce) e aerofones livres, em que os instrumentos são movimentados através do ar parado (vibradores, placas vibráteis).
AGOGÔ. Instrumento folclórico afro-brasileiro constituído de duas campânulas de ferro percutidas com vareta de metal. Está presente em manifestações como a capoeira e o candomblé. As campânulas diferem uma da outra em tamanho e sonoridade.