1. Tipo de lira grega antiga com três a doze cordas de igual comprimento, estendidas verticalmente entre uma grande caixa harmônica quadrada, de madeira, e uma barra transversal superior. Foi usada mais tarde pelos romanos.
2. Grupo de instrumentos de cordas de origem muito antiga, em que as cordas estão esticadas por todo o comprimento do corpo do instrumento. Existem cítaras primitivas em grande variedade de formas. Na cítara de calha, as cordas estão estendidas sobre uma peça escavada de madeira; na cítara de vara, elas estendem-se ao longo de uma haste, em cuja base podem estar presos um ou mais ressonadores. O vínã indiano é uma sofisticada cítara de vara. As longas cítaras da China e do Japão têm uma longa prancha como ressonador. O qanun árabe deriva desses instrumentos e evoluiu para as cítaras de tampo, nas quais as cordas estão dispostas de um lado a outro do tampo de uma caixa de ressonância. Uma primitiva cítara européia de tampo é o saltério. O qanun chegou à Europa no século XI e o saltério manteve sua popularidade até fins do século XVII. A cítara moderna é um popular instrumento folclórico europeu e tem cinco cordas melódicas de arame que correm sobre um braço trasteado. Essas cordas são ponteadas com os dedos da mão esquerda e beliscadas com um plectro no polegar direito. As cordas de tripa do acompanhamento são beliscadas com os dedos da mão direita. O dulcimer é uma cítara de tampo tocada com martelos, e o piano é uma cítara de tampo em que os martelos são acionados por um teclado.