Forma antiga de instrumento de teclado, usada domesticamente entre os séculos XV e XVIII. Desenvolveu-se a partir do monocórdio e foi finalmente desalojado como instrumento popular caseiro durante o século XVIII. A mecânica do clavicórdio dependia de uma lâmina metálica, chamada tangente, presa à extremidade de cada tecla. Quando a tecla era calcada, a tangente percutia na corda (ou par de cordas) que se queria fazer soar, pondo-a em vibração e imobilizando-a no ponto apropriado de seu comprimento a fim de produzir a nota com a requerida altura de som. A seção mais comprida da corda vibrava para produzir a nota e a seção mais curta era abafada por pequena almofada de feltro. A tangente permanecia em contato com a corda (ou cordas) enquanto a tecla estivesse abaixada, possibilitando a realização de um efeito vibrato. As cordas do clavicórdio estão esticadas paralelamente ao teclado e o instrumento tem a forma de uma caixa retangular, sendo tocado sobre uma mesa. Alguns modelos tinham pernas próprias. O som delicado e etéreo do clavicórdio tornava-o inadequado para performances públicas, exceto em escala muito pequena. Ele não podia concorrer com a potência do cravo e do piano, que o substituíram como instrumento de concerto; ao mesmo tempo, sem recursos expressivos fizeram com que ele fosse o instrumento de cabeceira de compositores como Bach.
27 de nov. de 2009
24 de nov. de 2009
Clavicembalo, Clavicítero
22 de nov. de 2009
Clarineta, Clarone
Instrumento de sopro de madeira com palheta simples, batente. Instrumentos populares deste tipo são de grande antiguidade na Ásia, África, América do Sul e Europa. Alguns eram feitos em pares, com tubo melódico dedilhado e bordão não-dedilhado. A moderna clarineta orquestral desenvolveu-se a partir do chalumeau, no final do século XVI. O chalumeau era um instrumento de madeira de uma só peça, com orifícios para os dedos e uma ou mais chaves. As clarinetas mais antigas, feitas na Alemanha por J. C. Denner, tinham bocal separado, pavilhão e chaves adicionais. A clarineta moderna possui complicado sistema de chaves, desenvolvido por Boehm na década de 1840. O modelo mais usado na orquestra é a clarineta em si bemol, instrumento transpositor cuja nota escrita mais baixa é o ré abaixo do dó central. Soa um tom mais abaixo, e tem extensão superior a três oitavas. A clarineta em lá também é instrumento transpositor, e soa um semitom mais baixo. Outras clarinetas em uso são as clarinetas baixo em si bemol e em lá, uma oitava abaixo dos instrumentos padrão. A clarineta contrabaixo produz notas muito graves, mas raramente é usada, exceto em bandas militares. Também recebe o nome de clarineta de pedal, embora não tenha pedais. Também existe uma clarineta raramente usada em mi bemol, uma quarta acima do instrumento padrão em si bemol, e um instrumento não transpositor em dó. A clarineta alto, tal como a clarineta baixo, tem formato mais parecido com o do saxofone que com o do clarineta clássica. As clarinetas alto são feitas em mi bemol e em fá, sendo a última uma versão moderna do basset horn da Baviera, inventado em 1770. O basset horn tinha um tubo em forma de foice. Aparece em partituras de Mozart e Richard Strauss, mas as partes são agora usualmente tocadas por clarineta alto. A clarineta desempenha papel importante na música orquestral e como instrumento solista, assim como na música de câmara. Também é usada em bandas militares, na música de jazz e de dança.
CLARONE. Designação italiana (que depois se generalizou) da clarineta baixo em si bemol e em lá.
Clarim
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