1. Originariamente, um simples tubo ou cilindro oco, munido de um bisel na extremidade superior e de um pequeno número de orifícios para os dedos no sentido longitudinal. O tocador sopra no bisel para dentro do tubo, alterando os sons conforme tape ou destape os orifícios para os dedos. A flauta de apito (flauta reta ou aguda) possui embocadura muito simples, através da qual o tocador sopra por um orifício lateral no tubo, um pouco abaixo da embocadura. Amplamente usada na música popular do mundo inteiro, a flauta de apito evoluiu muito na Europa, até se converter na flauta doce. Flautas de bisel, simples, duplas, triplas e até quádruplas são usadas desde a antiguidade na América do Sul (por exemplo, a quena e o sicu das culturas andinas) e em tempos mais recentes na Europa Oriental.2. Flauta de nariz. Flauta rudimentar em que o tocador tapa uma narina e sopra com a outra. Em Bornéu, a flauta de nariz é vertical e na Polinésia, transversal.
3. Flauta Transversal. Flauta com um orifício de sopro lateral, que serve de embocadura, situada perto da extremidade fechada e através do qual o flautista sopra, mantendo o instrumento na horizontal, usualmente para o lado direito do rosto. Originária da Ásia, no século IX a.C., chegou à Europa no século XII de nossa era. Antes do século XVII, era usada principalmente como instrumento militar, mas daí em diante se tornou parte importante da orquestra, desenvolvendo um complexo sistema de chaves, o qual foi aperfeiçoado na década de 1830 por Theobald Boehm. Além do sistema de chaves, Boehm introduziu outras inovações: aumentou o número de orifícios para os dedos, simplificou o sistema de dedilhado e desenhou nova cabeça parabólica. A moderna flauta orquestral usa o sistema Boehm de chaves, proporcionando-lhe uma escala de três oitavas desde o dó central. O flautim ou piccolo é uma versão menor da flauta, com cerca de metade de seu tamanho, soando uma oitava acima e muito usado em solos orquestrais. A flauta alto (uma quarta ou uma quinta abaixo do instrumento-padrão) e a flauta baixo (uma oitava abaixo) têm limitado uso na orquestra. À parte, seu lugar na seção de madeiras da orquestra, a flauta tem sido muito usada como instrumento solista, como se vê nas seis Sonatas para Flauta e Teclado de Bach, em concertos de Mozart e em sonatas modernas, como a Hindemith.
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