13 de jan. de 2017

Guitarra ou Violão




GUITARRA (OU VIOLÃO). Instrumento de cordas beliscadas. A moderna guitarra clássica (também chamada guitarra espanhola) tem seis cordas afinadas em mi-lá-ré-sol-si-mi e uma extensão de três oitavas e 1/5 desde o mi abaixo do dó central. Tem fundo chato e caixa de ressonância em forma de 8. O braço está munido de trastes metálicos. É tocada como instrumento clássico e também muito usada na música folclórica, na música pop e no jazz. Instrumentos eletronicamente amplificados foram desenvolvidos nas décadas de 1940 e 50, com caixas de muitos formatos diferentes.
A introdução da guitarra na Europa foi uma das conseqüências das Cruzadas. Durante o Renascimento, ela coexistiu com o alaúde e a vihuela, permanecendo como instrumento essencialmente popular. Nessa época, era bem menor que o instrumento moderno, e dedilhada com quatro séries duplas de cordas, fornecia acompanhamento a canções e danças. Uma quinta série foi adicionada no final do século XVI, e uma sexta no século XVII. Nessa época, as séries duplas foram substituídas por cordas simples, uma corda para cada série. Avanços no desenho e na construção durante o século XIX deram origem ao formato moderno da guitarra clássica ou violão. No século XVII, o estilo dedilhado de execução foi gradualmente substituído por um mais elaborado estilo beliscado, como nas obras dos compositores espanhóis Gaspar Sanz e Francisco Guerau. A guitarra desfrutou de considerável renovação nos inícios do século XIX, como resultado do virtuosismo de instrumentistas como Fernando Sor e Mauro Giuliani, que escreveram grande quantidade de música para o instrumento. A popularidade da guitarra clássica no século XX deve muito ao ensino e aos recitais de um notável virtuose espanhol, Andrés Segovia. Muitos compositores do século XX têm feito música para o instrumento de Segovia: em 1920, Falla escrevia a primeira peça especialmente para esse instrumento, em sua versão moderna, Homenagem a Debussy; no mesmo ano, Roussel compara quem Villa-Lobos escreveria também 12 Estudos para Violão. O repertório para guitarra foi enriquecido ainda pelas contribuições de Frank Martin, Manuel Ponce, Benjamin Britten, Malcolm Arnold e Castelnuovo-Tedesco, autores de peças de câmara e vários concertos, dos quais o mais conhecido é o Concerto de Aranjuez, de Joaquín Rodrigo.
O violão brasileiro, que não difere da guitarra espanhola, formou com a flauta e o cavaquinho o conjunto básico para a execução dos choros; e sempre foi o instrumento ideal, sobretudo nas áreas urbanas, para acompanhar o canto. Entre os compositores brasileiros que enriqueceram seu repertório (além de Villa-Lobos, naturalmente), estão Guerra Peixe, Edino Drieger e Marlos Nobre.

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